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Dez 09

 

Neste "Dia Internacional de Combate à Corrupção" (até dá vontade de chorar a rir...) respigo para aqui duas frases que, com a devida vénia, acabo de retirar de um artigo do «Jornal de Negócios» hoje editado, assinado por Pedro Santos Guerreiro.
 
Ei-las.
 
 "Afinal, a banca de investimento soma lucros e segue próspera. A regulação muda vírgulas. Os mercados cavalgam uma nova bolha. E já se instala na dormência colectiva a resignação de que pouco mudará no sistema financeiro. Os contribuintes olham para isto com cara de parvos - talvez porque os tomem por tal.

O que há um ano foi esconjurado está este ano já jurado: vai voltar a acontecer e mais depressa do que o diabo esfrega o olho. O facto de a banca de investimento se preparar para ter os seus melhores lucros de sempre significa que pouco se aprendeu e que muito se perdeu: perdeu-se a oportunidade de mudar a regulamentação a sério. Enquanto isso, os gestores destes bancos vão ter um Natal dourado com bónus vertiginosos."

 

 Também hoje foi noticiado que algumas das maiores empresas portuguesas (Sonae, Mota-Engil, Brisa, etc.) tiveram este ano maiores lucros do que os verificados em 2008.

 
Neste quadro, o combate à corrupção interessa para alguma coisa?... Ou questionando de outra maneira: não será a corrupção «a alma (ou pelo menos uma importante chave) do negócio»? 
 
«Olha que não...» - diz-me a minha sombra aqui ao lado; «olha que os lucros e os bónus foram todos limpos!!!»
 
Riposto de imediato: «Ai é?... Não enterres esta "economia de mercado" e vais ver o lindo funeral que te espera!»
 

 

publicado por flordocardo às 20:05

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