* * *
(OS POEMAS QUE ESCREVAS)
Os poemas que escrevas,
ainda que muitos, são
um só, inacabável,
interceptado um dia:
sufocante abertura
por onde irás descendo
a um poço, uma vertigem,
com uma única saída
que, enfim, vislumbrarás
quando já não tiveres olhos.
José Bento (n. 1932)
publicado por flordocardo às 02:59