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Dez 11

 

 

*   *

 

 

Sem outro intuito
 
Atirávamos pedras
à água para o silêncio vir à tona. 
O mundo, que os sentidos tonificam, 
surgia-nos então todo enterrado
na nossa própria carne, envolto
por vezes em ferozes transparências
que as pedras acirravam
sem outro intuito além do de extraírem
às águas o silêncio que as unia. 
 
 Luís Miguel Nava (1957-1995)
 
(do livro «Vulcão I - Poesia Completa, 1979-1994» 
- prefácio de Fernando Pinto do Amaral, organização e posfácio 
de Gastão Cruz - Publicações D. Quixote, 2002)
 
publicado por flordocardo às 00:14
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