* *
POEMAS
Venham ver sob que luzes surgem os poemas,
em que leitos navegam as palavras desabridas.
Venham ver a força desta corrente na rebentação da névoa.
Se entre as duas margens conseguirem avistar o que se esconde na neblina,
então vejam como tudo baila sem que um único músculo se mova.
Henrique Fialho (n. 1974)
(do livro «Estranhas criaturas» – Deriva, Porto/2010)