03
Jan 10

 

Eis um poema do brasileiro Manoel de Barros (n. 1916).

 

 

(Desinventar objectos. O pente, por exemplo. Dar ao)

 

 

Desinventar objectos. O pente, por exemplo. Dar ao

pente funções de não pentear. Até que ele fique à

disposição de ser begônia. Ou uma gravanha.

 

Usar algumas palavras que ainda não tenham idioma.

 

 

(extraído do livro «O Encantador de Palavras», editado em 2000 pela Quasi Edições)

 

 

 

publicado por flordocardo às 02:57

Janeiro 2010
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