Eis um poema do brasileiro Manoel de Barros (n. 1916).
(Desinventar objectos. O pente, por exemplo. Dar ao)
Desinventar objectos. O pente, por exemplo. Dar ao
pente funções de não pentear. Até que ele fique à
disposição de ser begônia. Ou uma gravanha.
Usar algumas palavras que ainda não tenham idioma.
(extraído do livro «O Encantador de Palavras», editado em 2000 pela Quasi Edições)