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Leiam a justa posição que aqui, com a devida vénia, transcrevo (e subscrevo).
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O RELATÓRIO DO FMI
O Fundo Monetário Internacional (FMI) é uma organização imperialista cuja função é garantir que a extorsão feita aos trabalhadores e aos povos oprimidos do mundo através do mecanismo da dívida pública se possa continuar a fazer.
Instalado nos países alvo da sua acção por via do suborno e da subserviência de dirigentes políticos vendidos, o FMI representa a mão implacável do capital a sacar até à última gota de suor e de sangue a riqueza produzida pelos trabalhadores. Quando os canalhas Sócrates, Coelho, Portas e Cavaco, através do pedido de “ajuda” à União Europeia, cederam à última chantagem da führer Merkel para fazer de Portugal um protectorado do imperialismo alemão, esta repetiu o que já havia feito com a Grécia e chamou o FMI para integrar a tróica. A força de ocupação imperialista podia assim contar com um organismo experiente neste tipo de negócios sujos.
O FMI acaba de produzir um relatório encomendado pelo governo de traição nacional PSD/CDS para preparar um novo assalto ao bolso e à vida do povo português. Sob o eufemismo de “refundação do Estado”, esse ataque tem por objectivos desviar a atenção do genocídio fiscal praticado sobre os trabalhadores e suas famílias com o orçamento de Estado para 2013 e transformar Portugal numa colónia de escravos a trabalhar de sol a sol, a um nível mínimo de subsistência e sem direitos sociais.
O relatório do FMI defende que o povo trabalhador da Europa (e talvez do mundo) que paga mais impostos em proporção do rendimento necessário para as necessidades básicas e cuja taxa de desemprego efectivo é também uma das mais elevadas a nível mundial (mais de um quarto da população activa), tenha os salários reduzidos abaixo dos limites de sobrevivência, trabalhe bastante mais horas e até à beira da morte, passe a ficar privado de serviços de saúde, de professores nas escolas, de pensões de reforma, de subsídios de doença e de desemprego, e outras tragédias similares.
Apresentando propostas numéricas “intermédias” em relação a este objectivo final (corte imediato dos salários em cerca de 10%, corte imediato nas reformas de 15%, aumento para o dobro das taxas moderadoras na saúde, despedimento imediato de 120 mil profissionais dos sistemas públicos de saúde, educação e segurança social, aumento imediato da idade da reforma para os 66 anos, etc, etc.), o relatório do FMI representa, pela forma fria e desumana como as formula, o desejo inequívoco de alcançar a curto prazo aquele objectivo final.
Desmascarados nos seus propósitos pelo relatório do FMI, os traidores do governo, os seus lacaios na comunicação social e os amigos da tróica parecem agora umas baratas tontas. Cada qual diz a sua – que o relatório não está concluído (?), que as propostas que contém são as melhores, que não se revêem em algumas dessas propostas, que é só uma base de trabalho, que é preciso calma e serenidade, enfim, o espectáculo de uma classe de exploradores sem escrúpulos e sem vergonha.
Depois deste relatório do FMI ser conhecido, a ninguém será mais permitido que não escolha o campo a que quer pertencer. Ou se é colaboracionista com o Reich alemão, com a alta finança e os grandes capitalistas, e com os políticos corruptos e vendidos, ou se alinha com os sectores do povo trabalhador explorado mais conscientes, aqueles que já compreenderam que a tarefa de derrubar o governo Coelho/Portas, expulsar a tróica e constituir um novo governo democrático e patriótico é uma exigência imediata e que estão dispostos a lutar até às últimas consequências por estes objectivos.
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