15
Mar 13

 

*   *   *

 

durante toda a noite a noite/ despedaçou-se contra os frágeis muros as casas sob o olhar/ dos plátanos despidos antecipando o regresso violento/ da chuva

 

não se ouvem já sequer os cães e as lágrimas/ são atravessadas pelo lado mais difícil/ por dentro turvando/ o olhar em pétalas soltas como raios

 

depois um silêncio incólume abate-se/ sobre o vento a chuva a trovoada as palavras/ indecisas dos versos ainda titubeantes

 

fica só uma réstea de luz talvez/ para amanhã talvez mais logo/ tecer a linha nítida e fluente do que trouxe a noite/ ao pensamento destes dias repletos onde/ mil coisas nascem e dançam onde/ os olhos se fecham para escutar melhor/ tudo o que espera ser assombração e/ espanto outra forma de respirar

 

 

(Parede, 07-10.03.2013)

 

 

publicado por flordocardo às 00:59

Magnifico ...
porto santo a 16 de Março de 2013 às 17:54

Março 2013
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2

3
4
5
6
7
8
9

10
11

19
23

26
30

31


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

mais sobre mim
pesquisar
 
blogs SAPO