Belmiro, ontem - Belmiro de Azevedo divulgou ontem uma possibilidade, até aqui "desconhecida", indescoberta, "original", para vencer a presente crise: diminuir os horários de trabalho e, consequentemente, os salários. Para quê? Para evitar os despedimentos.
Pondo já de parte que o homem não sabe quantas pequenas e médias lojas de comércio a SONAE liquidou com os seus mega-centros comerciais, por exemplo, o facto é que o sr. Belmiro tem meia-razão do seu lado. Ou seja: concordo que se reduzam os horários de trabalho; discordo completamente, por outro lado, com a consequente redução dos salários.
E, a este propósito, alguém acredita que, por exemplo, quando as coisas acalmarem, os preços dos bens irão baixar ou ser mantidos?! Nem ele!!!
O homem nem sequer está preocupado com o desemprego - ao contrário do engº. Sócrates, que «nem dorme» só de pensar nisso... O homem quer é, ao menos, manter as suas taxas de lucro, ó deuses!!!
Alegre, hoje - Quebrou-se o suspense (e o "encanto" dele). Manuel Alegre anunciou que não criará um novo partido nem será candidato nas listas do PS à Assembleia da República. Quanto a candidato presidencial, logo se verá...
Tanto alarido para isto? Mas seria que alguém estava à espera de outra decisão? Digam lá, com franqueza?...
Está tudo bem. Mais: tudo está bem quando acaba em bem!
A escrita é o campo de Alegre, não a política. Eis uma inesgotável verdade; indelével, irrefutável, imorredoira.
Proponho-me oferecer (ceder) a Alegre um título para um livro de poesia: «Qualidade do Ar». Estou a trabalhar sobre ele, mas não me importo de lhe ceder a ideia com afecto, pois admiro vários dos seus livros. Falo a sério.