A Alemanha de Hitler promoveu, em 1933, a queima pública de livros considerados "não alemães" e de "intelectuais judaicos". Aqueles livros seriam “subversivos” e mesmo “perversos”. Tratava-se, portanto, de “limpar” a cultura alemã…
Foram assim parar ao fogo obras de Thomas Mann, Walter Benjamin, Brecht, Heine, Freud, Einstein...
Hoje, pelos vistos - e em Portugal -, usam-se guilhotinas para destruir livros. Foi o que fez há dias o Grupo Leya, capitaneado por um tal Miguel Pais do Amaral. A guilhotina cumpriu as ordens, destroçando livros de Fernão Lopes, Goethe, Eduardo Lourenço, Eugénio de Andrade, Jorge de Sena, António Ramos Rosa… Estavam a mais e ocupavam demasiado espaço… Colocar os livros em saldo ou oferecê-los? Não. Guilhotiná-los!
Como se pode ver, existem nazis para todos os gostos. Os de cá têm provavelmente a especial particularidade de destruir livros em nome da mais pura, singela e cavernosa ganância.
Quanto ao papel cultural da Leya cá no burgo estamos, portanto, conversados!