31
Jan 14

 

*   *   * 

 

(Não sei quantos de nós estaremos vivos)



Não sei quantos de nós estaremos vivos
No dia em que estes campos
Voltarem a estar verdes;

Mais do que de esperança,
Trata-se da sobrevivência
Da nossa vontade. Do nosso
Sentido de oportunidade

Falaremos depois,
Quando os frutos das árvores
Puderem cair

Sem que os cuidados
Exigidos pela necessidade
Ou pelo excesso de avidez
Lhes extingam o brilho.

                               

 

                              Rui Almeida (n. 1972)

 

(do livro «Leis da separação» - Medula, 2013)

 

publicado por flordocardo às 01:08
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Janeiro 2014
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